quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

explicação sem explicar

Nunca gostei de fazer e ter tudo igual as outras pessoas, tirando a adolescência (é claro). Gosto de pensar no exclusivo e principalmente de fazer "novas" descobertas. Um tanto de egocentrismo faz parte disso, um outro tanto é querer e tentar ser eu mesma, ou descobrir quem eu realmente sou , sem ter tanta influência dos outros, da mídia e dos modismos passageiros. Mas isso realmente é complicado, comprar uma roupa que não esta na moda é praticamente uma missão impossível, claro que existem lugares com peças exclusivas, mas os preços são exorbitantes ... e tudo isso pra falar, ou talvez justificar (pra mim) o porque que eu estou lendo a "saga" 50 tons de tudo.
Quando começou o alvoroço pelo livro e que ele trazia "coisas novas" claro que me interessei e quem é que não quer ser uma expert na cama e fazer mil e uma coisas mirabolantes, manter o romance sempre em um nível de paixão arrebatadora?!
Li o primeiro livro e estou no segundo livro, tenho um pouco de vergonha de confessar que li e estou lendo, um tanto pelo que expliquei logo no começo, as tais exclusividades, e um outro tanto de pensar o quanto ainda nos dias de hoje a mulher de algum modo esta, ou melhor, se coloca em um segundo plano e juro que me irrita muito ler o quanto a mulher é colocada como um ser que só consegue viver e pensar no outro, no ser amado e que não consegue enxergar as situações como um todo e somente através do seu ponto de vista. E não, eu não estou falando das partes que a autora descreve as peripécias sexuais....até porque eu realmente acredito que se um casal esta feliz vale tudo, me refiro ao modo como ela retrata uma garota que terminou a faculdade e é inteligente, mas que ao mesmo tempo vive um drama muito chinfrim "eu amo ele, será que ele me ama?....ou eu não vou aguentar que ele me deixe" e por isso ela sofre?! será que ninguém nunca contou pra ela que a vida é assim, as pessoas se decepcionam umas com as outras, as pessoas sofrem e sobrevivem...tudo bem que esse tipo de problema sempre vai existir, homens e mulheres vão continuar sofrendo, procurando terapeutas, cometendo erros....o problema todo é a imagem que ela passa da mulher, como um ser frágil e perdido.
Ok....eu também me perco e acabei de fazer isso nessa postagem, mas é que perceber que as mulheres do mundo todo que estão lendo essa trilogia acham tudo o máximo...deve ter algo de errado, ou com elas ou comigo...
Deve ser comigo, ainda mais perdendo meu tempo tentando justificar o que não tem justificativa e sim eu estou lendo aquele sucesso de vendas...ahhhhh!

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